quarta-feira, 26 de outubro de 2011

a Ricardo Diniz

Escrevo como alguém que tenta
Desatar o nó na garganta
Que ficou tanto tempo sedenta
Que perdeu de água a esperança

Escrevo como quem contraiu Chagas
E leva bem inchado o coração
E não restam tantas palavras,
Já que não lhe sobra respiração

Escrevo como se tantos poemas
Aliviassem ao menos a dor.
Quem dera o maior de meus problemas
Fosse a manjada rima: amor!

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