a Ricardo Diniz
Escrevo como alguém que tenta
Desatar o nó na garganta
Que ficou tanto tempo sedenta
Que perdeu de água a esperança
Escrevo como quem contraiu Chagas
E leva bem inchado o coração
E não restam tantas palavras,
Já que não lhe sobra respiração
Escrevo como se tantos poemas
Aliviassem ao menos a dor.
Quem dera o maior de meus problemas
Fosse a manjada rima: amor!
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