Há o poeta que escolhe viver
a beleza do esquecimento
na sina de se dissolver
na frágil corrente de vento
ou na terra que há de comer
seu fígado, olhos e dedos
ou na traça que vai corroer
os seus pensamentos e versos
que farão com simplicidade
o que já fizeram a tantos
com o correr veloz da idade
calarão seus mais belos cantos
Para tornar-se só um a mais
destes tantos outros não lidos,
mas não em desgastados jornais,
será só Kbytes perdidos.
5 comentários:
Ficou bom demais, sobretudo o final! Parabéns!
"Há o poeta que escolhe..." Será que se escolhe mesmo? Por muito tempo achei que sim.
Não sei se escolhe ou não o esquecimento. Sei que pode ou não aceitá-lo como possibilidade. Se aceita, ele se distancia mais e mais da inteligência dos BBBs.
Sensacional meu irmão, parabéns!
Grande abraço Õ/
Lindo, muito lindo mesmo. Abraços
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