quinta-feira, 16 de junho de 2011

Dez-dobras

Vi vidas
vividas
Por outros e por aí

Mas

vivi da
vida
vivida
unicamente por mim

não me arrependo, porém,
de ter vivido
do olvido
Do teu ouvido
Que não escutou minha voz
pois não havia nem nós, nem vós
Quando estávamos sós em sóis 
tão  d  i  s  t  a  n  t  e  s
e nos instantes 
s  e  p  a  r  a  d  o  s
por sistemas solares diferentes
de galáxias talvez opostas

Então, já doído das doidices deste mundo
e afirmando-me enquanto doido de pedra
desdobrei [brei-do-des]
o que havia escondido

E tu, como es contido,
não me reprimiste verbalmente
pois tu sabes
que tudo o que for verbal: mente
tanto na mente, quanto no verbo!

Nenhum comentário: