domingo, 26 de fevereiro de 2012

Nem sempre infeliz loucura

Levava um sonho alado
e um sombreiro enorme
feito de espuma de colchão,
onde do alto se viam uns sinais,
alguns círculos concêntricos
para se o talvez do acaso viesse
buscando-o para outro lugar
de espaço-naves ou discos-voadores,
o levassem e o reconhecessem como amigo
também habitante das estrelas.

Corria em meio a avenida
num ruflar de asas-depenadas
como um carcará desalado.
Desolado corria como se fosse
para tentar um novo impulso
e de súbito subir, decolar...

E, talvez, com seus pés de Hermes,
seus sonhos compensassem seus vermes.

6 comentários:

Fred Caju disse...

"Só para loucos, isso é só para loucos... Caretas não!" (Ventania)

Unknown disse...

Careta, cajuíno amigo?

Esse poema me provou que em verso, ninguém é normal!


Belo poema Lucas!

Mandou muito bem!

Nicast disse...

O poeta busca a poesia onde ela está.Loucura, ou não, essa deu pra sentir até nos ossos. Gostei demais.

Jullio Machado disse...

Pancadão!
Abraços, mermão!

Elisa T. Campos disse...

Lucas

Seu estilo de poetar me encanta demais.

bjs

Ana Coeli Ribeiro disse...

Só os pés de Hermes para salva-ló...inquietante!
Luz
Ana