quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Tormenta no Planeta Vermelho


a D. Everson e os demais marcianos por demais

A chuva ácida de Marte
corrói os meus pensamentos,
destrói concretos-momentos
e espalha ao léu suas migalhas

com o passar de seu tempo
é a tempestade que entalha
desertos, moinhos de vento
e carrancas pelas muralhas

Então, mostro a carne nua
espero que me moa o osso,
exiba o cérebro exposto
e eu peça: “Vem! Me destrua!”

Mas se tu não estás disposto
a dissolver-te em tua arte,
não provas seu amargo gosto,
por nojo, nem tiras a luva,
é melhor não vir a Marte
sem a tua capa-de-chuva.


Um comentário:

Lucielle Wiermann disse...

genial! gostei muito!

partiu de marte
ou está de partida,
quiçá poeta
na manga a arte
que nos afeta