Hoje, drenei de mim estas poucas palavras
como faço quando extraio esporadicamente
o cisto abaixo de minha orelha esquerda.
Espremi tudo o que podia até sentir-me dolorido e seco.
Vendo, agora, os resultados de minhas extrações,
colocando-as uma ao lado da outra,
na mesma mesa em que escrevo e me alimento,
não posso deixar de notar
que tudo o que toco em mim,
mais cedo ou mais tarde, infecciona.
3 comentários:
O poeta e a sina de remoer palavras, cavar cicatrizes.
Ótimo poema, Lucas.
Abraço.
Muito bom Lucas! Bom pra caramba!
Gostei e muito!
Leitura que é leitura não deve ter contra-indicação.
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